Esta poesia é muito especial pra mim, foi feita num momento em que eu queria desistir de tudo, e de repente, como num clarão, percebi que eu tinha infinitos motivos para querer viver, muito mais importantes do que a desesperança...
(Acho válido, colocá-la aqui nesse dia em que se comemora
o Dia da Mulher, porque eu fui um exemplo de mulher forte, guerreira e que sempre amou a vida, não é necessário que ninguém me diga isso. Eu Sei.)
AGRADECIMENTOS...
Sonia Pallone
"...Agradeço primeiramente a Deus e, através Dele,
a tantas
coisas mais...
à vida que sempre me quis viva,
aos amigos que me enxugam as
lágrimas,
a oração que me deixa mais leve,
aos filhos que tive e que são a
razão maior...
Agradeço por ter aprendido um pouco mais
sobre dar e
receber,sobre amar e suportar,
sobre saber e esperar...
A conter os
meus impulsos
sem despersonificar os meus desejos,
porque a alma não se
trai
e o coração é insondável...
A compreender que não se encerra uma
questão,
sem antes ouvir todas as respostas;
assim como não se fecham
todas as portas
se restar ao menos uma janela aberta
ou dela apenas uma
fresta...
Às minhas mãos que acariciam,
que escrevem, que
acenam,
que se entrelaçam...
Agradeço pela chuva que molha meu
corpo
e pelo vento que me refresca o calor.
Tudo isso me faz entender
que vale a pena...
Agradeço por me dar ânimo e esperança,
por ter me
proporcionado o gosto pela leitura
e a sensibilidade para a música,
por
ter me dado o dom do discernimento
cuja falta dele, me teria, já,
enlouquecido !
Agradeço por me ter feito poeta,
só assim, consigo
tirar das minhas aflições,
momentos de poesia
que
vaza e se expurga de mim,
lançando fora , como um rebento,
toda a dor que
tive de me ver injustiçada...
Agradeço pelo meu trabalho,
por me fazer
sentir útil e necessária,
por não me deixar ociosa e entregue
a um redemoinho de pensamentos ruins...
Agradeço por não me deixar sucumbir,
e pela força que me
faz maior e mais forte
que toda esta rede emaranhada;
que toda faca
afiada
e todos os tapas doídos...
Agradeço por ter me ajudado a
levantar
toda vez que caí,
e pela lição de luta e humildade
apreensível
em todas as quedas...
Agradeço aos meus olhos que viram tanto
mas que
somente agora enxergam;
ao meu corpo todo
que é um instrumento
perfeito e não disforme,
cuja matéria é a maior certeza
de que tudo é
mutável,
que a gente nasce, cresce,
envelhece e morre..."