LABIRINTO
Sonia Pallone
"...Alcanço uma estrada que vai dar em nada. O vento frio bate em meu rosto e a rua, de tão adormecida, toma um ar de mistério, sensorial e profundo...
Caminho pelas ruas asfaltadas, entremeadas de terra simples, e a beleza do lugar é vazia porque nada supera a insatisfação de voltar...
De repente, uma esquina bonita, iluminada da prata que rescende da lua, nada mais é que a porta de chegada da qual eu fugiria, se pudesse...
Parte de uma pálida rotina, sinto-me detalhe da paisagem de um quadro,pendurado há tantos anos no mesmo lugar da parede...
Atada estou. Enjaulada. Enrodilhada como aranha presa na própria teia... Teci meu único manto e nele enrosquei-me, sufocando o ar. Emergi sangrenta do combate onde fui única guerreira...
Estou "como quem perde o prumo e desatina", feito um bichinho acuado ... Sou só eu comigo. O resto é um poço. Sem fundo, nem fim..."
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