28 de jun. de 2009


Atrás da Porta

Soni@ Pallone


"...Atrás da porta coloquei de castigo o impossível...

Enchi os espaços vazios com o tempo que vi passar

e no calor que trago em meu corpo

vou queimando o querer ser feliz...

Vagando de um lado para o outro,

amo e repudio mil vezes as mesmas coisas...

Nos relógios parados ou não,

tenho as horas imutáveis,

e dentro desse corpo em febre,

trago um amor guardado em mim...

Observo de olhos vigilantes

que minúsculas estrelas piscam lá do alto,

vivendo da noite escura e silenciosa...

É a esperança de que preciso

mesmo que o cansaço rasteje...

Mesmo que me fuja a razão...

Sonhos esgarçados povoam minha mente e vontade,

enquanto a lassidão da espera

me traz inícios de visões...

Um grito mudo me acalma.

Sinto a minh' alma resfriada..."

23 de jun. de 2009

DANÇA TANTA...



Dança Tanta
Soni@ Pallone


"...Ando com falta de espaço
e com medo de me embrenhar
Ando sem tempo pra nada
de viver, ser feliz, sonhar...

Tanta andança inacabada,
As marcas,
as cicatrizes!
Tanta mágoa ciumenta
Tantas cscolhas infelizes...

Céu e sol sem primavera
prantos e desatinos
tantos sonhos e quimeras
tanta fé num só destino ...

Tanto faz, já pouco importa
Mais um rumo incerto e torto
Mais uma esperança morta..."

11 de jun. de 2009



Queria
Soni@ Pallone

"...Queria a paz aquietante
para o cansaço no fim de tarde...
Um único laço
Duas almas
Um só abraço...

Queria o murmúrio esquecido
nas profundezas insondáveis de
póstumas muralhas intocáveis...

Queria a sabedoria no interior da mente,
no exterior das mãos
Ser razão e coragem simultaneamente...
Sobreviver com intensidade de alma
e depois serenar feliz..."

2 de jun. de 2009



Simplesmente (prosa poética)
Soni@ Pallone

"...Hoje não vou poetar, vou apenas 'divagar'...Sentar-me aqui, e olhar a tela em silêncio, imaginando vocês, um por um, como quando me sento à mesa do café e olho a natureza agradecida, e dela, cada detalhe... Dividir um momento, é isso... É bom demais fechar os olhos e sentir essa impressão boa, seja ela qual for... um cheiro, uma sensação, uma carícia, a brisa nos cabelos, uma música bonita que vem de longe, ... Viver intensamente um momento de simplicidade....

Um dia pousei aqui em Atibaia. Resolvi fincar meus pés nesse rincão. Investi nesse verde, nessa solidão enriquecida e privilegiada de um silêncio com som de pássaros, de vento, e até mesmo dos próprios passos...É bom demais ! Só quem tem essa empatia com a natureza sabe do que estou falando! Numa das minhas caminhadas durante a noite, respirando um ar que fica ainda mais denso nessa hora, notei que as árvores, mostravam um bale de luz num compasso incrível de folhas que balançavam ao toque da brisa forte. Era o reflexo da tranquilidade do lago, que estático aos pés do imenso jardim de árvores, cansou da dança solitária e acordou a água que dormia...Revolta pelo vento, as pequenas oscilações de prata insinuaram-se para os galhos, formando assim uma coreografia fantástica de magia e beleza. Foi um momento singular que me emocionou mas que não conseguiria fielmente descrever. Como testemunhas, só a minha sensibilidade e a lua ... "
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